quinta-feira, 20 de maio de 2010

O que podemos aprender com ele?

Mahatma Gandhi foi um homem que lutou pelos seus direitos e princípios, e que mesmo sofrendo nunca “baixou os braços”. Com esta boa alma podemos aprender que, para chegarmos à razão, não é preciso usar a força mas sim as palavras. Também podemos concluir que Mohandas nunca perdeu a esperança ao longo da sua vida, como o ditado popular “a esperança é a última a morrer”.

Mahatma Gandhi – “A GRANDE ALMA”

Assinatura de Gandhi

A MORTE DE GANDHI

Mahatma Gandhi, continuou a transmitir seus ensinamentos de manifestação não-violenta até seus últimos anos de vida.

Gandhi morreu assassinado a tiros no dia 30 de Janeiro de 1948 (aos 78 anos), em Nova Deli (União da Índia) por Nathuram Godse, um hindu radical que responsabilizava Gandhi pelo enfraquecimento do novo governo ao insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão. Godse foi depois julgado, condenado e enforcado, a desrespeito do último pedido de Gandhi que foi justamente não condenar o assassino.

O corpo do Mahatma foi cremado e as suas cinzas foram deitadas ao rio Ganges.

É significativo, sobre a longa busca de Gandhi pelo seu Deus, o facto de as suas últimas palavras serem um pensamento popular, no conceito hindu, de um Deus conhecido como Rama: "Hai Ram!" Este pensamento é visto como um sinal de inspiração tanto para o espírito, como para o idealismo político, relacionado a uma possibilidade de paz na unificação.

Indicações para o Prémio Nobel da Paz

Gandhi nunca recebeu o prémio Nobel da Paz, apesar de ter sido indicado cinco vezes entre 1937 e 1948. Décadas depois, no entanto, o erro foi reconhecido pelo comité organizador do Nobel.
Quando o Dalai Lama Tenzin Gyatso recebeu o prémio em 1989, o presidente do comité disse que este era "em parte um tributo à memória de Mahatma Gandhi".

Ao longo de sua vida, as actividades de Gandhi atraíram todo o tipo de comentário e opinião.
Winston Churchill chegou a chamá-lo de "faquir castanho".

Sobre Gandhi, Albert Einstein disse que “as gerações por vir terão dificuldade em acreditar que um homem como este realmente existiu e caminhou sobre a Terra”.

O MOVIMENTO PELA INDEPENDÊNCIA INDIANA

Após a guerra, Gandhi envolveu-se com o Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência.

A sua prisão foi decretada diversas vezes pelas autoridades inglesas, prisões às quais sempre se seguiram protestos pela sua libertação (por exemplo, em 18 de Março de 1922, quando a sua sentença foi de seis anos de prisão por desobediência civil, Gandhi cumpriu apenas dois anos).

Outra estratégia eficiente de Gandhi pela independência foi a política do swadeshi - recusou todos os produtos importados, principalmente os produzidos na Inglaterra. Aliada a esta estratégia estava a sua proposta de que todos os indianos deveriam vestir o khadi - roupas caseiras - ao invés de comprar os produtos têxteis britânicos.

Gandhi declarava que todas as mulheres indianas, ricas ou pobres, deveriam gastar parte do seu dia fabricando o khadi, em apoio ao movimento de independência. Esta era uma estratégia para incluir as mulheres no movimento, num período em que se pensava que tais actividades não eram apropriadas às mulheres.

A sua posição a favor da independência fortaleceu-se após o Massacre de Amritsar em 1920, quando os soldados britânicos mataram centenas de indianos, que protestavam pacificamente contra as medidas autoritárias do governo britânico e contra a prisão de líderes nacionalistas indianos, o que provocou um conflito.

Em 8 de Maio de 1933, Gandhi começou um jejum que durou 21 dias em protesto à opressão Britânica contra a Índia.
Em Bombaim, no dia 3 de Março de 1939, Gandhi jejuou novamente em protesto às regras autoritárias e autocráticas para a Índia.




Caricatura de Gandhi quando foi preso por Lord Willingdon.

A "Marcha do Sal"

Por conseguinte em 1930, Mahatma Gandhi informou o vice-rei, de que a desobediência civil em massa se iniciaria no dia 11 de Março. "Minha ambição é nada menos que converter as pessoas britânicas à não violência, e assim lhe faz ver o mal que fizeram para a Índia. Eu não procuro danificar as pessoas.". Gandhi decidiu desobedecer às "Leis do Sal" que proibiram os hindus de fazer o seu próprio sal; este monopólio britânico golpeou especialmente os pobres. Começando com setenta e oito participantes, Gandhi iniciou uma marcha de 124 milhas para o mar que duraria mais de vinte e quatro dias. Milhares tinham-se juntado no começo, e vários milhares uniram-se durante a marcha. Primeiro Gandhi e, então outros juntaram um pouco de água salgada na beira-mar em panelas, deixando ao sol para secar. 60.000 pessoas juntaram-se ao movimento, e foram presas centenas delas. Em Karachi onde 50.000 assistiram à produção do sal, a multidão era tão espessa que impedia a polícia de efectuar alguma apreensão. As prisões estavam cheias com pelo menos 60.000 ofensores. Incrivelmente lá "não havia praticamente nenhuma violência por parte da população"; as pessoas não queriam que Gandhi cancelasse o movimento.



A "Marcha do Sal" em 1930.